terça-feira, 29 de maio de 2012

Os desafios das forças populares e a busca da unidade nas eleições municipais de 2012.





“Nossos esforços coletivos desafiaram as impossibilidades” - Charles Chaplin

Nas eleições que se avizinham, a unidade das forças e movimentos populares é o caminho


para os setores comprometidos com a maioria se apresentarem como uma alternativa


avançada à atual administração municipal, à aliança esdrúxula que sustenta a sua reedição e


às forças conservadoras que surgem como oposição. Esta não é uma simples opção


política, é uma necessidade e um dever de todos os pioneiros sociais.

Este foi, e permanece sendo, o entendimento do PT Municipal. No sentido de realizar este


imperativo, O PT realizou debates bilaterais com partidos à esquerda detentores de legenda


eleitoral.

Em seguida, promoveu reuniões com a presença dos representantes dos partidos afim de


uma discussão sobre a coligação com os três partidos. Na pauta: o enfrentamento das


eleições municipais de forma contundente e unitária e a constituição de uma aliança


eleitoral que representasse a oposição popular da Cidade.

Nos encontros, pôde-se verificar a existência de uma convergência de análise da realidade


do Município; todos concordamos que o atual governo municipal sucateou Alumínio e


administra a partir da lógica do livre mercado e dos interesses dos monopólios e dos


magnatas. Para maioria da população até mesmo os direitos democráticos elementares são


negados.

Nas reuniões restou claro que:

a) o amplo arco de aliança formado em prol as eleições municipais ao executivo é forte e


tem potência para polarizar a Cidade;

b) todas as insinuações oposicionistas, feitas até agora, são tão ou mais conservadoras que


a chapa oficial;

c) há um espaço de diálogo à esquerda e,

d) a inserção social, política e eleitoral da esquerda em Alumínio deixa a desejar.

Neste quadro, nada pior do que o fracionamento dos partidos, organizações, movimentos,


dirigentes, militantes e ativistas à esquerda . Caso se efetive a divisão entre tais segmentos,


a situação será ainda mais grave e pior para o povo.

Na dimensão programática, todos os partidos possuem confluência substancial nos pontos


essenciais de um programa de governo municipal. A Cidade carece de uma política urbana


que a um só tempo responda as questões fundamentais da população, mas que esteja em


sintonia com os desafios de uma realidade que é, inegavelmente, estadual e nacional.

Há um entendimento comum sobre os problemas do Município, tanto no âmbito das


demandas imediatas de infra-estrutura, transporte, habitação, saúde, educação,


planejamento urbano, entre outras, quanto no âmbito político, que tem haver com um


modelo de governo aberto à população e aos movimentos populares. Ou seja, mudar a


forma de relação entre poder público e sociedade civil, transformando-a em um padrão


pautado pelo diálogo com o fortalecimento da participação popular nos rumos da


administração.

O PT Alumínio apresentou aos presentes sua contribuição para o debate de programa de


governo, que será, oportunamente, disponibilizada para discussões com todos os


interessados.

Ao fim e ao cabo, é evidente que – entre os partidos envolvidos no debate, existe um


enorme potencial para uma unidade com vistas às eleições 2012. Porém, limitações


provenientes de questões menores estão, até o momento, obstruindo a constituição de uma


única candidatura do campo popular.

A questão principal está situada em acúmulos diferenciados e no processo de construção de


coligações entre os partidos, que estava em andamento e não contava com a participação


do PT. Neste caso, os nomes dos candidatos a prefeito e vice-prefeitos já haviam sido


definidos pelas duas agremiações. O PT pleiteia a abertura das discussões dos nomes da


chapa majoritária, enquanto os demais negam-se a rediscutir as indicações feitas e propõe


a participação do PT na coligação proporcional, ou seja, numa chapa única para


vereadores.

Estes são os contornos do impasse que, até o momento, tem impedido uma aliança


eleitoral ampla para o pleito de 2012. É diante desta situação que o PT Alumínio apresenta


publicamente suas opiniões, conforme anunciado aos participantes das reuniões:

a) O PT Alumínio considera que o impasse é plenamente contornável.


Para o município devem falar mais alto, sempre, os interesses mais gerais do povo e as


necessidades coletivas do movimento popular e não interesses particularistas, de tal ou qual


grupo, corrente ou partido. Quanto mais aqui e agora, diante dos desafios da conjuntura e


das possibilidades abertas.

b) Para o PT Alumínio, a discussão sobre os nomes que irão compor a chapa é


infinitamente secundária, tendo em vista os acúmulos e consensos alcançados em torno da


análise da conjuntura, em pontos programáticos e na importância para a Cidade de


candidaturas unitárias – a prefeito, vice e a proporcional.

c) O PT Alumínio apoiará quaisquer nomes indicados para estes cargos, desde que seja


uma proposta de unidade entre os partidos.

O PT Alumínio acredita que a indicação de nomes para a disputa dos cargos de prefeito e


vice-prefeito são de responsabilidade dos partidos de base na medida que são os partidos


com registro eleitoral.

No entanto, o PT Municipal se coloca à disposição para colaborar, onde for possível, da


forma e no momento que onde tais partidos acharem por bem.

d) As eleições municipais serão um bom momento para avançarmos na perspectiva de


derrotar o modelo empresarial de governo instalado no Município.Para tanto, o PT


Alumínio defende a mais ampla unidade entre partidos – com ou sem registro legal, setores


de partidos, movimentos, forças, dirigentes, militantes e ativistas populares que tenham a


responsabilidade com uma cidade diferente, aberta ao povo e comprometida com o bem-


estar das maiorias.

e) Para o PT Alumínio, as divergências e interesses partidários, legítimos e justos, jamais


poderão estar em primeiro plano, quanto mais neste momento. O que deve prevalecer é o


compromisso primordial e inarredável de toda organização popular e de todo partido


comprometido com transformações sociais: a defesa do povo e das classes trabalhadoras.

f) O PT Alumínio está pronto a apoiar e se compromete com o esforço de unidade popular


por uma Alumínio onde caibam todos e todas.

Infelizmente, a edificação de uma alternativa não depende só do PT Municipal e de outras


organizações e movimentos ávidos de se integrarem à uma aliança eleitoral unitária e


popular em nosso Município. Sobretudo, ela dependerá do entendimento correto da


realidade municipal, da coerência entre discurso e prática, da lucidez política e da grandeza


dos partidos que formarão a base de sustentação para o governo.

Sendo assim, mais uma vez, conclamamos a tais partidos, aos seus dirigentes e militantes


que procurem e construam um entendimento que priorize a unidade acima de tudo e


proporcione uma alternativa para a população de Alumínio, já tão massacrada pelo arranjo


conservador que aflige a nossa cidade.

Alumínio, 28 maio de 2012.


"JUNTOS SOMOS FORTES"

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