Ao encerrar a coletiva de imprensa após o encontro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ironizou o fato de a comandante do fundo ter vindo ao País solicitar um aporte de recursos em vez de oferecer um empréstimo.
'É uma grande satisfação dessa vez o FMI ter vindo não para trazer dinheiro, mas para pedir dinheiro. Prefiro ser credor que devedor', afirmou Mantega. O ministro, no entanto, ressaltou a boa relação entre o Brasil e o fundo. 'Temos larga cooperação que vamos reforçar nesse momento, o que é necessário', concluiu.
Mantega também fez questão de frisar que qualquer aporte adicional que o Brasil faça ao fundo demandará uma ação semelhante por parte dos países europeus. 'Concordamos em colocar mais recursos desde que a Europa tome iniciativa e também compareça. Não vamos colocar nossos recursos se eles não colocarem os deles', disse Mantega. Segundo ele, um eventual aporte será discutido em reunião antes do encontro do G20, previsto para fevereiro.