BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Padrinho da pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à Prefeitura de São Paulo pelo PT, o ex-presidente Lula começou na quinta-feira (25) uma operação em busca do apoio do indicado do PMDB, Gabriel Chalita.
Lula convocou o deputado para uma reunião de quase duas horas, na qual voltou a defender a união dos partidos governistas contra a hegemonia do PSDB no Estado.
Chalita prometeu conversar com o petista, mas disse não ter ouvido um apelo para abandonar a disputa.
"Sou amigo do Haddad. Quem quer que seja o candidato do PT, vamos sentar e discutir. Mas o PMDB não vai abrir mão de ter candidato", disse ele à Folha, ao deixar a sede do Instituto Lula.
"PT e PMDB são partidos da base. Temos uma relação estreita e elegante", afirmou.
Chalita foi à reunião acompanhado da filha de Lula, Lurian Cordeiro da Silva, que ele empregou como sua assessora parlamentar no dia 2.
Petistas próximos ao ex-presidente dizem que Haddad e Chalita têm perfis parecidos e disputariam o mesmo eleitorado. Ambos são jovens, nunca concorreram a um cargo majoritário e atuam na área de educação.
O deputado reconheceu as semelhanças, mas disse ver espaço para os dois. "O povo diz muito isso. Mas quando começar a campanha, as diferenças vão aparecer."
Chalita negou os rumores de que Lula acenaria com um cargo no governo Dilma Rousseff ou com a vaga de vice na chapa do PT em troca de sua desistência.
"Pelo contrário. Ele me incentivou, disse que ter bons candidatos faz bem à democracia", afirmou. "Lula é um sedutor. Foi uma conversa muito agradável."
Imerso nas articulações para 2012, o ex-presidente recebeu na segunda-feira (22) a senadora Marta Suplicy e os deputados Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, que ele tenta afastar da disputa com Haddad pela chapa petista.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que também sonha com a prefeitura, enviou uma carta de protesto por não ter sido convidado.
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